22 de setembro de 2009

Could it be any harder?!

"Meu bem, que hoje me pede pra apagar a luz e pôs meu frágil coração na cruz, do teu penoso altar particular. Sei lá, a tua ausência me causou o caos! (...)"
[No caos...]

A nossa linha de discernimento daquilo que é certo e daquilo que é errado fica clara para os que olham de fora, para poderem dizer o que não pode, para julgar aquilo que lhe é alheio. Julgar o sentimento de outro é fácil demais. Julgar as dores que não é o seu coração que sente.

Mas quando a dor é na gente e vem aquela sensação de sujeira e peso, nem aquele banho de horas, e nem a água mais pura tira isso da gente. E aí vem aquela pergunta de que por que é que erramos tanto para nos sentirmos assim depois.



O que é melhor para nos fazer entender o mundo: as perguntas ou as respostas?
Estar perto não significa estar dentro... E sei que algumas partes suas se perderam pelo caminho. Mas onde? É sempre bom poder brincar com a imaginação e poder acreditar que tudo vai dar certo no final... Tirando minha cabeça do sonho, é claro!

Todo mundo me olha como se entendesse minha dor, mas as pessoas não olham as outras nos olhos (é um mal da atualidade). Ela pode ser tanta coisa, como pode não ser nada... As pessoas acham que sabem TUDO, mas têm que entender que não sabem nada... E que o “tudo” não se aprende ao redor do próprio umbigo.

Sinto falta do olho no olho, das palavras sinceras que me acalmaram por certo tempo. Mas as palavras que foram ditas agora, doeram mais do que qualquer outra que pudesse ter sido dita antes. E aí, nem saudade fica! Mas eu queria sentir algo... Nem que fosse pena, dó, ou piedade. Era tudo que eu poderia oferecer...

Eu queria voltar para aquele momento em que nada se diz. Ficar lá sem hora pra voltar, pra chegar, ou pra entender. Quis tantas coisas de você, mas tive tão pouca sorte... Mas não sei se sorte seria a palavra correta. Porque foi o último abraço que virou o meu melhor abraço no dia que você resolveu ir. Ficou tudo lá... Tudinho!

13 de setembro de 2009

Das minhas próprias certezas!

"(...)Eu desejo! Que você tenha a quem amar, e quando estiver bem cansado ainda, exista amor pra recomeçar!"
[O desejo nunca vem sozinho...]

"Toda história é remorso", disse Carlos Drummond de Andrade, em Claro Enigma.
Remorso, arrependimento daquilo que poderia ter sido e não foi. E do remorso só sobra a história contada. Isso é um fim ou um começo?!

Viver nos ensina a esperar e a convivermos com a dor. Viver é uma grande lição de autocontrole! Mas e nossos desejos? Eles devem estar incluídos nessa grande esfera de autocontrole?
Segundo meu querido Aurélio, "Desejo é uma tensão em direção a um fim considerado pela pessoa que deseja como uma fonte de satisfação. É uma tendência algumas vezes consciente, outras vezes inconsciente ou reprimida". Platão considerava que desejos era características e indivíduos finitos e imperfeitos.
Até onde vai minha imperfeição?!

Acho que nossos desejos vão além da nossa sã consciência. Desejar, antes de tudo, é imaginar. Imaginar como tudo seria, ou como pode ser. É expectativa. E assim, estamos sujeitos à frustração, autoengano e a algumas outras falhas que estamos sujeitos diante da exteriorização dos nossos desejos.
Ninguém deseja o que já tem, porque os nossos desejos aumentam com o medo - que deveria nos afastar deles. Acredito, que um desejo só nos trará prazer se estivermos preparados para a perda dele, também. Por isso, vamos agarrá-los ainda mais se temermos perdê-los.

Eu desejo tantas coisas, já desejei tantas outras... O risco de ganho ou de perda é igual: meio a meio.
Desejei ele, desejei aquilo, desejei ser... Ainda desejo ser!
Mas, antes de desejar, e antes de dar um passo atrás pelo receio, vejo onde piso e por onde vou ter que andar para seguis instintos e desejos!
Eu acredito que seja assim que funciona... Como disse é vivência e questão de autocontrole. Saber esperar, e mais, saber desejar!
Se soubesse expressá-los, talvez não os evitaria tanto!

O de agora, aqui se manifesta. Rompe o silêncio... É claro na face! A forma que dali não se mostra, mas que me persegue!


Alguns PS's...


1) "Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar(...)"
(Victor Hugo)

2) O desejo ou é dom ou é roubo! Não é troca, nem é de graça...
(Do programa Saia Justa, GNT. Me perdoem por não lembrar nome do autor)

3) "Nem sequer a felicidade pode ser imposta – ninguém pode ser feliz por coerção".
(José Saramago)

7 de setembro de 2009

Diante da dor dos outros!

"Cobre a culpa vã ... até amanhã eu vou ficar . E fazer do teu sorriso um abrigo.(...)Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você que explique a minha paz, tristeza nunca mais!"
[Sempre Maria Rita... Traz uma paz!]

O quanto será que nos importamos com a dor dos outros?! O quanto será que se importam com a nossa dor?!
Nem todas as nossas reações estão sob a supervisão da razão e da nossa consciência.
A nossa mente, segundo Platão é tripartida: constituída pela razão, pela raiva e pelo apetite ou desejo.
Razão para ponderação. Raiva para julgamentos (pois somos todos imperfeitos). Apetite e desejo para o amor.
Como o ser humano é influenciável, passível de erro e de julgamento.

É o que se passa hoje, que faz essa loucura da nossa vida. A compaixão, a paixão, o amor estão entorpecidos. Falta sensibilidade. E não sei até onde vai a impotência ou a ação dos outros...
Como li esses dias, vivemos na "sociedade do espetáculo"... O não espetacular não atrai!
Os sentimentos ficaram esquecidos... O que torna as pessoas muito mais vis.
Ninguém se importa tanto com a dor dos outros... Com a nossa dor!
É o individualismo que mata... É o egoísmo que desgasta e devasta!

Ficam as saudades.
E a saudade nunca vem sozinha. Não pede licença pra chegar. Não chega devagar. Já vem forte e ocupando espaço de tudo. Chega em forma de soluços, porque lágrimas choram tão pouco.
Mas os caminhos se perderam, as mãos se perderam. Os olhares se perderam.
Já faz tanto tempo... Eu só quis ver o tempo passar.
Porque hoje eu sei que quem, em cada pouco põe tudo que é, merece ser feliz. Fato!

...Ele tem razão!

1 de setembro de 2009

Só!

"(...)Sei que a tua solidão me dói e que é difícil ser feliz, mas do que somos todos nós você supõe o céu. Sei que o vento que entortou a flor, passou também por nosso lar e você foi quem desviou com golpes de pincel(...)."
[Só suposições... ]

A paciência que falta no peito, transborda na alma. As palavras com tanta rispidez são ouvidas silenciosamente. Cada suspiro, cada entonação grave e o coração pulsa cada vez mais forte. As frases não foram ouvidas por completo, nenhuma sequer.
Acontece que todas as sensações se misturam e fica difícil dizer qual é verdade e qual é mentira. Porque o que a gente sente é efêmero, passageiro, instantâneo... E logo vira lembrança!


Eu?! Eu falo muitas coisas, consigo muitas coisas e aí tento juntar as sensações que senti, as coisas que eu vi, os sonhos que tive e aquilo que eu não disse (e tive oportunidade de dizer!) para, então, contar tudo de uma vez, pra alguém que esteja disposto a ouvir - mas quem ainda não tive oportunidade de conhecer!

Eu só precisava de um pouco de silêncio... Que hoje há de ser o melhor remédio. Quanto daquilo foi verdade? Ou quanto de tudo isso foi mentira?!
Viver tudo isso é insano, é ter pulso forte que dá toda a firmeza, e faria tudo com toda certeza!

A verdade (verdadeira mesmo!) é que todos preferem não enxergar suas desculpas, suas explicações, suas loucuras, preferem não enxergar nada além delas mesmas. A verdade é que quanto mais você pede alguma coisa, mais o mundo te ajuda ela chegar à você!

De alegria, ela chora... Pra saudade, sou a despedida!

Acidente com vítima leve

" Eu vou andando pelo mundo como posso E me refaço em cada passo dado Eu faço o que devo, e acho Não me encaixo em nada Não me encaixo,...