[No caos...]
A nossa linha de discernimento daquilo que é certo e daquilo que é errado fica clara para os que olham de fora, para poderem dizer o que não pode, para julgar aquilo que lhe é alheio. Julgar o sentimento de outro é fácil demais. Julgar as dores que não é o seu coração que sente.
Mas quando a dor é na gente e vem aquela sensação de sujeira e peso, nem aquele banho de horas, e nem a água mais pura tira isso da gente. E aí vem aquela pergunta de que por que é que erramos tanto para nos sentirmos assim depois.

O que é melhor para nos fazer entender o mundo: as perguntas ou as respostas?
Estar perto não significa estar dentro... E sei que algumas partes suas se perderam pelo caminho. Mas onde? É sempre bom poder brincar com a imaginação e poder acreditar que tudo vai dar certo no final... Tirando minha cabeça do sonho, é claro!
Todo mundo me olha como se entendesse minha dor, mas as pessoas não olham as outras nos olhos (é um mal da atualidade). Ela pode ser tanta coisa, como pode não ser nada... As pessoas acham que sabem TUDO, mas têm que entender que não sabem nada... E que o “tudo” não se aprende ao redor do próprio umbigo.
Sinto falta do olho no olho, das palavras sinceras que me acalmaram por certo tempo. Mas as palavras que foram ditas agora, doeram mais do que qualquer outra que pudesse ter sido dita antes. E aí, nem saudade fica! Mas eu queria sentir algo... Nem que fosse pena, dó, ou piedade. Era tudo que eu poderia oferecer...
Eu queria voltar para aquele momento em que nada se diz. Ficar lá sem hora pra voltar, pra chegar, ou pra entender. Quis tantas coisas de você, mas tive tão pouca sorte... Mas não sei se sorte seria a palavra correta. Porque foi o último abraço que virou o meu melhor abraço no dia que você resolveu ir. Ficou tudo lá... Tudinho!