[Sempre os Hermanos...]
Egocentrismo. Egoísmo. Individualismo. Narcisismo. Crueldade. Falta de amor...
Hoje vivemos num mundo tão cheio de informações, tudo a todo tempo, ao mesmo tempo, que no final das contas, percebo que saber de tudo é não saber sobre nada, verdadeiramente.

É nesse estranho novo mundo que as pessoas acabaram perdendo a essência da simplicidade, da cumplicidade, da solidariedade, do amor. Elas gostam mais do que lhes é imposto: gostam mais daquelas músicas que são pagas pra tocar nas rádios, das comidas que saem nas capas de revistas famosas, tipo a Veja, das roupas de marca que são tendências para as próximas estações... Esquecem do básico e do essencial. É a busca incansável pelo prazer imediato, pela ilusão da felicidade pura. Elas estão tão preocupadas consigo mesmas, com o próprio umbigo, que perderam o real sentido do amor: o amor ao próximo, o amor pela família, o real valor do respeito, da fidelidade, da verdade. O amor foi banalizado!
Nada do que eu faça, nem de longe, nem de leve, tem a força e nem o poder de me mudar, de me fazer voltar a ser daquele jeito diferente que eu fui, que eu pensava, inclusive, que eu jamais deixaria de ser. E mesmo eu sendo quem sou agora, não me acostumo com esse novo jeito de ser das pessoas... Eu ainda acredito no amor, eu ainda acredito na fidelidade até o fim, ainda acredito na amizade incondicional.
Essa maldita competitividade move nossos músculos mas não condiz com nosso discurso.
As pessoas correm sem saber para onde vão, e não conseguem justificar o tempo perdido pelo simples fato do tempo ser curto demais para isso - mas lembrem-se que tudo que é feito com pressa, terá que ser refeito na posteridade.
Essa pressa deixa para trás os detalhes mais importantes, os detalhes que são essenciais à vida, e que laços são perdidos pela infundável racionalidade exigida de nós.
Eu quero os velhos abraços sinceros, dos amigos sinceros, das pessoas sinceras que costumavam me cercar. Quero os beijos sinceros, quero os olhares sinceros, quero os sorrisos sinceros (de bom dia, boa tarde, boa noite, ou seja lá qualquer que fosse a situação).
Não quero viver mais nesse ciclo vicioso atual... Porque conviver muito tempo com quem não nos acrescenta nada - e só tira de nós, só nos consome -, faz mal... Porque no mundo real, o sonhador é pisoteado, não precisando de muito tempo pra isso.

Pagamos terapeutas para curar e consertar todos os nossos desequilíbrios, causados por nós mesmos; academias para fazer sumir os quilos adquiridos por nossa gula; planos de saúde para curar um coração cheio de inveja, rancor e ódio.
É mais um desabafo... Acho que cheguei no meu limite!
Então, que eu tenha mais tempo no meu tempo e mais sabedoria para suportar...