16 de novembro de 2009

Tempo e Sabedoria!

"É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê!"
[Sempre os Hermanos...]


Egocentrismo. Egoísmo. Individualismo. Narcisismo. Crueldade. Falta de amor...
Hoje vivemos num mundo tão cheio de informações, tudo a todo tempo, ao mesmo tempo, que no final das contas, percebo que saber de tudo é não saber sobre nada, verdadeiramente.


É nesse estranho novo mundo que as pessoas acabaram perdendo a essência da simplicidade, da cumplicidade, da solidariedade, do amor. Elas gostam mais do que lhes é imposto: gostam mais daquelas músicas que são pagas pra tocar nas rádios, das comidas que saem nas capas de revistas famosas, tipo a Veja, das roupas de marca que são tendências para as próximas estações... Esquecem do básico e do essencial. É a busca incansável pelo prazer imediato, pela ilusão da felicidade pura. Elas estão tão preocupadas consigo mesmas, com o próprio umbigo, que perderam o real sentido do amor: o amor ao próximo, o amor pela família, o real valor do respeito, da fidelidade, da verdade. O amor foi banalizado!

Nada do que eu faça, nem de longe, nem de leve, tem a força e nem o poder de me mudar, de me fazer voltar a ser daquele jeito diferente que eu fui, que eu pensava, inclusive, que eu jamais deixaria de ser. E mesmo eu sendo quem sou agora, não me acostumo com esse novo jeito de ser das pessoas... Eu ainda acredito no amor, eu ainda acredito na fidelidade até o fim, ainda acredito na amizade incondicional.

Essa maldita competitividade move nossos músculos mas não condiz com nosso discurso.
As pessoas correm sem saber para onde vão, e não conseguem justificar o tempo perdido pelo simples fato do tempo ser curto demais para isso - mas lembrem-se que tudo que é feito com pressa, terá que ser refeito na posteridade.
Essa pressa deixa para trás os detalhes mais importantes, os detalhes que são essenciais à vida, e que laços são perdidos pela infundável racionalidade exigida de nós.

Eu quero os velhos abraços sinceros, dos amigos sinceros, das pessoas sinceras que costumavam me cercar. Quero os beijos sinceros, quero os olhares sinceros, quero os sorrisos sinceros (de bom dia, boa tarde, boa noite, ou seja lá qualquer que fosse a situação).
Não quero viver mais nesse ciclo vicioso atual... Porque conviver muito tempo com quem não nos acrescenta nada - e só tira de nós, só nos consome -, faz mal... Porque no mundo real, o sonhador é pisoteado, não precisando de muito tempo pra isso.


Pagamos terapeutas para curar e consertar todos os nossos desequilíbrios, causados por nós mesmos; academias para fazer sumir os quilos adquiridos por nossa gula; planos de saúde para curar um coração cheio de inveja, rancor e ódio.

É mais um desabafo... Acho que cheguei no meu limite!
Então, que eu tenha mais tempo no meu tempo e mais sabedoria para suportar...

2 de novembro de 2009

Depois da onda pesada...

"(...)Nada tenho, vez em quando tudo... Tudo quero mais ou menos quanto. Vida, vida noves fora zero. Quero viver, quero ouvir, quero ver! (Se é assim, quero sim... acho que vim pra te ver!)"
[Feriado ouvindo Zeca Baleiro... Gênio!]

Às vezes quero abraçar o mundo... Mas é tão difícil!
Não é porque hora mais, hora menos a gente se sente sozinho, mas não tem nada melhor que certos dias chegar em casa e sentir o cheiro de segurança.
Deitar e dormir do lado de quem te conhece por inteiro, que passa horas te olhando, com o olhar mais sincero, mesmo com o seus medos, suas feiúras, suas neuras, tristezas... Nos seus piores dias e mesmo assim conhece você, cada dia, cada pedaço, cada sorriso e cada olhar.


Para falar de amor, precisamos, primeiro, ter coração (é o que está faltando pra muita gente!). Ou, na verdade, não é necessário que se tenha um coração, pois quando já não se sente mais nada, já se pode explicar tudo... Pode-se explicar o mundo!
Mas acredito que quem quer que seja que tenha nascido sem coração, sem amor, nasceu fragmentado... Falta uma parte. E nunca vai construir algo sólido, na medida em que adora espalhar aflições por aí. A beleza, de fato, desconstruída.

Às vezes eu tenho vontade de sair correndo por aí, de olhos fechados, é só abri-los quando tiver certeza da felicidade eterna na minha frente. Da liberdade fácil.
Mas cair na realidade e ouvir que para chegar onde se deseja, a vida te dá obstáculos (e nunca maiores do que podemos suportar, realmente),e te faz chorar, sofrer, faz doer, mas que depois de tudo isso, as peças começam a se encaixar num plano perfeito.
Era a antiga utopia de querer mudar o mundo... Mas ele não vai mudar. Não vai mudar porque existem pessoas vaidosas e mesquinhas (como eu e você), que olham por cima de tudo, porque não querem enxergar o próximo. Profetizam o amor como a cura de todos os males... Mas há pessoas que amam o poder mais do que amam pessoas, e esse amor não não cura. Ele só tem tem causado mais estragos...

Era muito mais fácil querer e desejar conhecer o desconhecido enquanto não se sabe o que aquilo pode te causar. Perde a graça depois...
No fundo é isso aí mesmo. Abrir o coração para muita gente desconhecida, deixando a guarda baixa, deixando os sentimentos bem claros, e esquecer que nem todos querem nosso bem... (porque, para ser realista, nem eu mesma quero só o bem de todos)..
Mas seguir um conselho é sempre interessante: Não adianta querer dar um passo maior que a perna, porque cada dia se resolve um por vez!

As palavras até ajudaram para descarregar tudo aquilo que vinha fazendo peso na alma por um tempo... Mas não serviram para me libertar de tudo o que me aflige e aprisiona e me mantém tão intolerante e afastada de todos... Tão contraditório e tão fácil de entender!

Acidente com vítima leve

" Eu vou andando pelo mundo como posso E me refaço em cada passo dado Eu faço o que devo, e acho Não me encaixo em nada Não me encaixo,...