"(...)E dizem que eu só penso em mim, que sou muito centrada, que sou egoísta...
Tem gente que põe meus defeitos em ordem alfabética e faz uma lista, por isso não se justifica tanto privilégio de felicidade!" (Zélia Duncan)
[Eu queria ter o dom da palavra...]
"Até logo". Foi sucinto e, depois de ser breve, coube toda frieza disfarçada em cada sílaba dita, nítida, falada com todas as letras.
Atrás da armadura, era só mais uma alma cansada (exausta, pra falar a verdade), porém, lúcida. Armadura que resistiu até enquanto os ataques não cessaram. Incansáveis, com muito vigor, como se o inimigo alimentasse sua ambição de ódio profuso e, assim, a bela alma, cansada, fatigada, perdia sua força e vitalidade.
Por detrás daquela armadura, um coração resistia e batia, e nele, cabia o mundo.
Foi aí que couberam ternas lembranças de quanto tudo era muito mais simples. As conquistas eram cativadas, largando pelo caminho pedaços de uma inocência meio lúdica.
A cada dia, novos passos, cada dia mais frios e indiferentes. O peso era maior a cada nova caminhada.
E assim, o tempo está passando. Já não assisto mais meu caminhar fulgaz, pois eu só queria uma cama quente e um abraço envolto.
Espera que eu alcanço... Só não fuja nesse passo.
Pois cada palavra dita, não volta, nem segundos, nem minutos nem dias após...
Renunciar o amor só é tão insano quanto renunciar à própria vida. Às vezes uma coisa implica na outra mas, como desde o começo dos amores não sabemos mais onde começamos nós e onde termina o outro, qualquer dessas renúncias envolve muito mais do que o que gostaríamos que envolvesse... E nos desgasta muito mais do que achávamos que desgastasse. E nos exige mais companhia do que achávamos que necessitasse... E nos suga mais energia que achávamos que coubesse ali.
Ameniza meu cansaço. Cerra meus olhos. Olha meus olhos. Fala mais alto.
Era hora de partir... Não devia ter escutado! Não se deve nunca escutar...
25 de junho de 2010
20 de junho de 2010
Entrelinhas.
"Vai sim, vai ser sempre assim. A sua falta vai me incomodar... E quando eu não aguentar mais, vou chorar baixinho, pra ninguém ouvir. Vai sim, vai ser sempre assim. Um pra cada lado, como você quis... E eu vou me acostumar, quem sabe até gostar de mim(...)"
[Uma descoberta da semana... Luiza Possi]
Espero que coloque pra fora tudo que ficou da altura e do terror, agora... Porque daqui a pouco, já não vai mais resolver.
Daqui pra frente, vai ser a minha verdade antes da sua, o seu choro antes do meu, a minha dor por último sem você de autor, diretor e plateia.
E acho que foi por isso mesmo que as coisas não deram certo... Porque a minha liberdade ofendeu. E ela é minha, ninguém rouba!
Mas o problema foi tudo ser novidade... Porque o problema de toda novidade é que o novo tem validade.
Não importa o quanto o sentimento seja legítimo (E ERA!): se é novo, uma hora fica velho. Com o tempo, cria artrites, os ossos enfraquecem, e como nas pessoas, o coração falha. Às vezes entope, às vezes acelera. Mas tem vezes que para. Hoje eu quis entender porque é que o meu desacelerou. Se era antes capaz de parar o tempo, decretar a paz e jurar estabilidade, hoje negou a si mesmo. Não porque era superficial, nem porque não aguentou o tranco. Sinceramente, eu nem sei bem o por quê. Só sei que hoje eu quis um pouco mais de mim e um pouco menos de você.
A insatisfação, muitas vezes, é o que faz as coisas andarem. E desta vez, ela me faz andar para um lado contrário ao teu.
Por mais que a contraditória aqui seja eu, correndo o risco sim, de parecer volúvel. Mas nunca me entregando à mediocridade que é viver com um coração resignado. Ou de oferecer um amor mais ou menos. Se é vida o que você me propõe, considere a missão cumprida. Quanto mais inexplicável tudo parece, mais eu me sinto viva.
O problema da vida é que a gente insiste em teorizá-la. A gente tenta pegar nossos dias e enfiar num roteiro triunfante. Tudo tem que ter sentido. Todo amor deve ser perfeito enquanto durar, toda amizade uma prova de lealdade. E no meio de tanta perfeição planejada, de repente você sente. Você para e percebe. No meio de tudo, o certo parece ser a contra mão. E você conhece essa vontade, você sabe o que ela faz. Ela vem suja, incomodando, te tirando todas as forças. E você sofre, reluta, tenta até quando suportar... Até que se rende e a coloca pra fora.
Tira de você as teorias e tudo aquilo que os outros esperam. Tira a boa vontade, a maquiagem e a ideia da mulher que faz tudo como os outros querem, a qualquer momento. Lembra que do torto, alguém escreveu linhas certas. E manda a dor embora. Mas hora ou outra, a teoria acaba. E a ação começa. Eu encerro por aqui...
E é perfeito pra recomeçar!
[Uma descoberta da semana... Luiza Possi]
Espero que coloque pra fora tudo que ficou da altura e do terror, agora... Porque daqui a pouco, já não vai mais resolver.
Daqui pra frente, vai ser a minha verdade antes da sua, o seu choro antes do meu, a minha dor por último sem você de autor, diretor e plateia.
E acho que foi por isso mesmo que as coisas não deram certo... Porque a minha liberdade ofendeu. E ela é minha, ninguém rouba!
Mas o problema foi tudo ser novidade... Porque o problema de toda novidade é que o novo tem validade.
Não importa o quanto o sentimento seja legítimo (E ERA!): se é novo, uma hora fica velho. Com o tempo, cria artrites, os ossos enfraquecem, e como nas pessoas, o coração falha. Às vezes entope, às vezes acelera. Mas tem vezes que para. Hoje eu quis entender porque é que o meu desacelerou. Se era antes capaz de parar o tempo, decretar a paz e jurar estabilidade, hoje negou a si mesmo. Não porque era superficial, nem porque não aguentou o tranco. Sinceramente, eu nem sei bem o por quê. Só sei que hoje eu quis um pouco mais de mim e um pouco menos de você.
A insatisfação, muitas vezes, é o que faz as coisas andarem. E desta vez, ela me faz andar para um lado contrário ao teu.
Por mais que a contraditória aqui seja eu, correndo o risco sim, de parecer volúvel. Mas nunca me entregando à mediocridade que é viver com um coração resignado. Ou de oferecer um amor mais ou menos. Se é vida o que você me propõe, considere a missão cumprida. Quanto mais inexplicável tudo parece, mais eu me sinto viva.
O problema da vida é que a gente insiste em teorizá-la. A gente tenta pegar nossos dias e enfiar num roteiro triunfante. Tudo tem que ter sentido. Todo amor deve ser perfeito enquanto durar, toda amizade uma prova de lealdade. E no meio de tanta perfeição planejada, de repente você sente. Você para e percebe. No meio de tudo, o certo parece ser a contra mão. E você conhece essa vontade, você sabe o que ela faz. Ela vem suja, incomodando, te tirando todas as forças. E você sofre, reluta, tenta até quando suportar... Até que se rende e a coloca pra fora.
Tira de você as teorias e tudo aquilo que os outros esperam. Tira a boa vontade, a maquiagem e a ideia da mulher que faz tudo como os outros querem, a qualquer momento. Lembra que do torto, alguém escreveu linhas certas. E manda a dor embora. Mas hora ou outra, a teoria acaba. E a ação começa. Eu encerro por aqui...
E é perfeito pra recomeçar!
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