5 de julho de 2010

O que não se diz!

"Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar." (Chico e Vinícius)
[Acho que dispensa comentários...]

Mesmo que tenha acabado, ficou mal resolvido. A dúvida da rejeição passa pelas frestas largas da minha certeza que já foi e voltou tantas vezes que nem eu mesma consigo mais dar crédito, chances, ou seja lá como isso possa se chamar. Ele errou e quem ficou sem perspectiva fui eu. E é tão injusto que eu me sinta assim por ele.
É tão triste e incômodo a dor de quem sente só, mesmo acompanhado.
E eu só queria olho no olho... Mas não!

E então veio aquele sorriso aberto.
Procurei despir-me daquilo tudo que aprendi e esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram, para então, ser só eu. Sozinha. Sem metades. Sê inteira.
Exatamente por isso, está tudo bem agora. Sempre. É por isso mesmo que as situações chegam com menos peso: porque sou eu que decid como vou encarar cada uma delas.

Eu nunca vou saber se daquela vez valeu (Não sei ainda... Essa é a falta de perspectiva que sobrou!). Ninguém vai saber... Nem ele! E nem vou saber por onde andaram dadas com outras, as mãos dele. Só que agora, eu desisti de querer... Eu desisti de querer entender...
Mas vale a pena olhar direto e sempre pra frente. Vale a pena fechar os olhos para o que não serve, o que não presta, e abri-los somente quando der vontade. Vale a pena agredir as morais totalmente questionáveis da vida (e isso eu tenho feito muito) e, definitivamente, não passar vontade (JAMAIS!).
É tudo questão de aprendizado e percepção. E a lição que ficou é a de que, no final, é melhor sempre falar demais, do que nunca dizer o que você teria que dizer de novo.
Eu repeti... repeti... repeti... mas acho que ele nunca escutou!

Abri o sorriso, o coração e os braços para o novo... Posso dizer que estou empenhada nesse novo projeto.
E tudo que está chegando, está sendo muito bem recebido!

1 de julho de 2010

Eles que eram...

"Corta essa, de querer me impressionar. Coisa boa é Deus quem dá, besteira é a gente que faz!" (Maria Rita)
[E eu só me critico mais...]


Eu sempre fiquei na dúvida do que doía mais: Perder uma grande amizade ou um grande amor? Porque se aprende que, desde que nasce, se deve procurar pelo príncipe encantado, pela metade da laranja, pela pessoa certa, pela alma gêmea, ou seja lá como é chamado. Mas aí a gente descobre, um dia, que ele não vem, que ele não existe. E as amizades também têm dessas... Um pouco de amor no contexto. Ser amigo de alguém envolve confiança, amor e segurança, implica em se apaixonar, também (acreditar no que aquela pessoa representa, em quem ela realmente é). Ter aquele amigo leal e fiel que estará do seu lado quando sua alma gêmea não foi generosa com você, ou quando ferrou sua vida, é bem mais complicado do que achar esse amor.

Assim como dores e alegrias passam, a gente aprende que, igual as fases da vida passam, amizades passam também. Mas a impressão que dá, é que algumas pessoas ficaram rendidas naquele espaço curto de tempo que se chama memória. A sua melhor amiga da pré-escola... Que uma vez, brincando de boneca, brigaram, puxaram o cabelo uma da outra, brigaram e disseram não ficar de bem nunca mais, dez minutos depois se deram os dedinhos e voltaram a brincar (talvez até mais amigas que antes!).

Ou sua melhor amiga do primário, que você jurava ser sua amiga eterna, eram dupla em tudo, inseparáveis, amiga de infância mesmo. As mães deveriam ser amigas também... Faziam planos secretos, mas que depois smepre mudavam ou esqueciam.

Ou sua melhor amiga do ginásio. Aquela que estava lá quando você menstruou, quando vocÊ se apaixonou pela primeira vez, e , pela primeira vez, teve o coração partido (como doeu... Mas a amiga estava lá!). Aquela amiga que, junto com você, se sentia adulta o suficiente pra fazer o que quisesse, afinal já tinha 15 anos (era os novos 18 anos...). Que planejou fugir de casa já que o pai não deixou sair à noite, porque ainda não tinha idade, era apenas uma criança.

Com sorte, muita sorte, sua melhor amiga do ginásio, era sua melhor amiga do colegial. Mas, meio que por acidente, tiveram uma briga sem volta (por conta dos hormônios a flor da pele), ou porque ela achou que você gostava do namorado dela, ou porque ela achou que você era mais magra que ela, ou porque tudo isso aconteceu, e ela achava que a vida dela estava tomando um novo rumo que não incluía você. E depois de alguns anos, ela se arrependeu e resolveu pedir desculpas. Pena que já era tarde demais, porque amizades (assim como nossos amores) são relações que necessitam de esforço para que haja compatibilidade, compreensão. Nesse jogo de amor e amizade, só sentimento não basta. Os dois lados devem ceder e sabê-lo fazer. Amizade ou amor, ou qualquer tipo de relação que ligue a alma de duas pessoas, exige, sem requisitos, que haja convivência, paciência e perseverança.

Aí vem a faculdade... E você encontra seus novos amigos de infância, sem discriminação de sexo - literalmente. É mais adulta e se sente mais adulta também, pois acha que descobriu finalmente o que queria fazer da vida e, em meio a tanta gente nova, toda essa felicidade e onda de segurançaque cega nossos olhos na hora de se enxergar que, na vida, ninguém nunca tem certeza do que vai acabar fazendo com ela.
Faz duas ou três amigas que vai carregar pra sempre. Elas passam junto com você a melhor fase da sua vida, da pobreza universitária, dos amores e doscorações partidos (mas tem aquela que já casou desdea faculdade e sempre dá alguns conselhos), aquelas que passam com você pela fase dos estágios não remunerados, pela correria de não ter tempo pra nada e ter bilhões de coisas pra fazer. Aquelas que estão com você na melhor e na pior fase da sua vida, talvez a mais engraçada, talvez a mais corrida, talvez a pior, mas quem sabe a melhor?

É nessa fase que você tenta manter tudo em manutenção por algum tempo... Com a difícil tarefa de manter à distância várias relações da sua vida.
Eu sei que alguns amores começam por lindas amizades, e alguns amores terminam em amizade... Mas não acredito nisso, isso é só o que eu ouço dizer. Não acredito nesse estatuto que estabelece regras de boa vizinhaça e civilização entre ex-namorados e, muito menos, naquele que estipula que uma amizade entre homem e mulher pode ser completamente imune do fator curiosidade (aquele ao qual todo mundo que já teve um grande amigo do outro sexo, um belo dia, se depara pela frente).

O fato é que só amizade e só amor, sozinhos, não suprem tudo aquilo que nós precisamos. Você pode reclamar da sua melhor amiga pro seu namorado, e xingar o namorado pra sua melhor amiga. Mas, em hipótese alguma, o namorado não pode ousar falar mal de sua melhor amiga, e ua amiga, mesmo no calor da emoção, não pode nunca falar mal de seu namorado.

No final, a nossa vida não muda de rumo e nem para pelos desejos de mais ninguém, além dos nossos próprios. E se a gente, em algum momento, fez a burrada de escolher por ter uma cabeça avoada e um coração cheio de desejos de conhecer o mundo, viver e ter um grande amor e fazer grandes loucuras em nome disso, a gente têm que aceitar que muitas vezes é possível perder quem se deixou pra trás.

Acho que são felizes as pessoas que possuem as cabeças nos lugares, que têm o coração tranquilo, e resolveram amar só quem viam pela frente, e não quem estava fora do alcance.
Talvez é por isso que eu nunca saiba qual é a sensação de estar completa, sem sentir saudades de absolutamente nada e nem ninguém.

Acidente com vítima leve

" Eu vou andando pelo mundo como posso E me refaço em cada passo dado Eu faço o que devo, e acho Não me encaixo em nada Não me encaixo,...