'See how I'll leave with every piece of you... Don't underestimate the things that I will do! (...) Could have had it all rolling in the deep. You had my heart inside of your hand but you played it with a beating!'
[Adele para o feriado...]
Eu nunca soube ler sinais. Acho que agora não seria diferente...
Mas basta acontecer de novo, e eu já não sei mais como agir. Quantos pontos eu coloco no final de uma frase? Três pontinhos exigem demais do receptor, exigem uma resposta, mas a ideia fica sem conclusão, aberta às novas possíveis interpretações. Ponto final é ruim, grosseiro, corte seco. Ponto de exclamação é muito, muito mesmo. Se não colocar ponto, o pensamento fica mesmo sem conclusão.
E o modo de agir? E as risadas? Risada curta e tímida, você está prestando atenção, mas pensando demais nele. Uma risada escancarada, é que você não está nem aí, ou melhor, fingindo não estar nem aí, porque não para de pensar nele, mas ele não pode saber disso. Quanta angústia!
Mas eu recebo um jeito de falar que acalma tanto o coração... E sempre tive um amor que não se dissolve.
Tudo se repete. Quem vai mudar o final?
23 de junho de 2011
12 de junho de 2011
De repente...
"A saudade é um buraco na alma que se abriu quando um pedaço nos foi arrancado. No buraco da saudade mora a memória daquilo que amamos (…)."
[Rubem Alves]
Sexta-feira. Uma pessoa querida se foi. Sento no ônibus. Coloco o fone nos ouvidos. Não presto atenção nas letras das músicas. Elas são apenas trilhas sonoras... Lágrimas escorrem pelo rosto. As coisas saem dos rumos por um tempo após notícias como essas. Apoio dos amigos. Trabalho, muito trabalho. Mais apoio de pessoas queridas. E palavras amigas de quem você nem esperava... Coração aquecido.
É nesse momento que lembramos que nossas vidas deveriam se dedicar menos às telas do computador e mais às pessoas.
Exatamente nesses momentos que passamos a desejar força, fé e muita coragem para os que perderam pessoas queridas ou alguém tão essencial. No fundo, no fundo, a racionalidade toda está escondida, em pedaços perdidos por aí, e você já nem sabe mais em que acreditar. É exatamente nesses momentos que você pensa se fez tudo que queria fazer naqueles dias, se ligou para quem queria ligar, que falou 'eu te amo' para quem merecia isso de você, se ouviu sua mãe falar, falar, falar, os melhores conselhos, mesmo você achando que eles não serão úteis no momento, ou até mesmo se você se permitiu quebrar algumas regras, já que elas não dão a vida por você, também.
Essas situações só nos mostram que a nossa reclamação sobre tantas coisas, tantos erros, tantas pessoas, tantas situações, tantos erros, vai se perder no exato momento em que falarmos isso. É passageiro. É efêmero.
Essas situações nos trazem uma ferida e consequente cicatriz na alma. Eu ainda, sinceramente, não aprendi a lidar com perdas. E acho que nunca irei aprender. São dores que extrapolam o limite do suportável. Doem. A gente precisa deixar passar... Essa dor só mostra que ao que você se dedica todos os dias, com tamanha intensidade, todos os dias, não vai lhe trazer saudades no futuro.
Mas com tudo isso, você aprende que só uma coisa será lembrada por você com tanto carinho e afeição, e com vontade de viver mais e novamente: pessoas. Do que você penar ao acordar, do que ler, do que ouvir, das reuniões que participar, dos amigos que fizer ou que tiver, só algo fará questão de estar em sua memória: quem participou desses momentos. O resto é apenas passagem de tempo e preenchimento de espaços vazios.
Em apenas alguns instantes tudo muda para alguém diante dessas situações. A estrada muda, e leva com ela pessoas, os amores de nossas vidas. E, acreditando ou não em sorte, azar, destino ou o que isso for, há coisas que ensinam e nos ajudam a superar essas dores inevitáveis da vida: esforço para se lembrar de quem a gente nunca vai esquecer!
Acho que nunca vou me acostumar...
[Rubem Alves]
Sexta-feira. Uma pessoa querida se foi. Sento no ônibus. Coloco o fone nos ouvidos. Não presto atenção nas letras das músicas. Elas são apenas trilhas sonoras... Lágrimas escorrem pelo rosto. As coisas saem dos rumos por um tempo após notícias como essas. Apoio dos amigos. Trabalho, muito trabalho. Mais apoio de pessoas queridas. E palavras amigas de quem você nem esperava... Coração aquecido.
É nesse momento que lembramos que nossas vidas deveriam se dedicar menos às telas do computador e mais às pessoas.
Exatamente nesses momentos que passamos a desejar força, fé e muita coragem para os que perderam pessoas queridas ou alguém tão essencial. No fundo, no fundo, a racionalidade toda está escondida, em pedaços perdidos por aí, e você já nem sabe mais em que acreditar. É exatamente nesses momentos que você pensa se fez tudo que queria fazer naqueles dias, se ligou para quem queria ligar, que falou 'eu te amo' para quem merecia isso de você, se ouviu sua mãe falar, falar, falar, os melhores conselhos, mesmo você achando que eles não serão úteis no momento, ou até mesmo se você se permitiu quebrar algumas regras, já que elas não dão a vida por você, também.
Essas situações só nos mostram que a nossa reclamação sobre tantas coisas, tantos erros, tantas pessoas, tantas situações, tantos erros, vai se perder no exato momento em que falarmos isso. É passageiro. É efêmero.
Essas situações nos trazem uma ferida e consequente cicatriz na alma. Eu ainda, sinceramente, não aprendi a lidar com perdas. E acho que nunca irei aprender. São dores que extrapolam o limite do suportável. Doem. A gente precisa deixar passar... Essa dor só mostra que ao que você se dedica todos os dias, com tamanha intensidade, todos os dias, não vai lhe trazer saudades no futuro.
Mas com tudo isso, você aprende que só uma coisa será lembrada por você com tanto carinho e afeição, e com vontade de viver mais e novamente: pessoas. Do que você penar ao acordar, do que ler, do que ouvir, das reuniões que participar, dos amigos que fizer ou que tiver, só algo fará questão de estar em sua memória: quem participou desses momentos. O resto é apenas passagem de tempo e preenchimento de espaços vazios.
Em apenas alguns instantes tudo muda para alguém diante dessas situações. A estrada muda, e leva com ela pessoas, os amores de nossas vidas. E, acreditando ou não em sorte, azar, destino ou o que isso for, há coisas que ensinam e nos ajudam a superar essas dores inevitáveis da vida: esforço para se lembrar de quem a gente nunca vai esquecer!
Acho que nunca vou me acostumar...
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