23 de julho de 2011

Everything and no less

‎"I've got a another confession, my friend... I'm no fool! I'm getting tired of starting again somewhere new. Were you born to resist or be abused? I swear I'll never give in... I refuse! Is someone getting the best the best, the best, the best of you?"
(Foo Fighters para esses dias confusos... Muito confusos!)


Ele sabe, mas não diz. Eu não sei, e quase entendo.

Persistindo nos mesmos erros, continuamos acreditando mais nas palavras que agradam nossos ouvidos, do que nos atos que as tornam verdade. Nós somos muito engraçados: sabemos que estamos sendo enganados, mas preferimos enganarmos também à admitir que ainda não foi dessa vez...

Escrevo por desespero, mas também por achar que é cômodo. Escrevo porque palavras escritas são mais fáceis de serem ditas quando as comparamos com aquelas que temos que falar. Evito falar as palavras da realidade para poder escrever aquilo que tenta explicar o porquê de tantas particularidades nessa minha mente tão instável, afinal, são 10 dedos nas mãos e apenas uma boca no rosto. Não acho que adianta conversar porque conversas sempre acabam na mesma coisa, no mesmo ponto, no mesmo lugar do início, no comum.

Acredito que toda mulher tenha um pouco de psicopata dentro de si. Um pouco de loucura. Toda mulher acha que seus problemas são cíclicos, dão voltas, voltas e voltas. E toda mulher passa noites em claro tentando achar - em medos e traumas do passado - a resposta para as perguntas que ela passa dias inteiros repetindo. Perguntas criadas por nós mesmas, com respostas que resolveriam aquele problema sério (seríssimo!) que nós mesmas inventamos. Mas essas respostas nunca aparecem, porque não existe ninguém no mundo, além de nós mesmas, claro, que seria capaz de inventar tais respostas. Sempre muito complicada para, então, descomplicar.

A minha loucura exata, escancarada. É o que todas as mulheres que moram dentro de mim, embaladas nas minhas trocas de humor, têm em comum. Exata porque enquanto enlouqueço é como se houvesse fora de mim “outro eu”, que passa todos os minutos da minha insanidade controlada analisando tudo racionalmente, enquanto, pelo lado de dentro, há raiva fervendo, pulmões cheios, amor nascendo, cabeça confusa, coração quase saindo pela boca.

Não quero mais impor as minhas vontades quando nem sei mais se quero ou se sei tê-las. Não quero mais magoar quem me ama, a começar por mim mesma.

Acidente com vítima leve

" Eu vou andando pelo mundo como posso E me refaço em cada passo dado Eu faço o que devo, e acho Não me encaixo em nada Não me encaixo,...