1 de julho de 2019

Ponto de partida

“[...] E se eu falasse nessas coisas que vejo em você. Me atravessam num segundo sem eu entender. E tudo que me faz ver, e tudo que me faz ter.”
[A trilha sonora do mês, no link]

Fazia muito tempo. Que a gente não se falava, que a gente não se ouvia. O tempo foi sempre uma questão.

Com o tempo, eu aprendi que ninguém deixa o outro de repente: são os detalhes que afastam, diariamente. E aprendi, também, a não gastar energia com o que não é recíproco – parar com a mania de achar que qualquer coisa significa muita coisa. Às vezes, não quer dizer nada. Nada mesmo!

Voltamos, então, ao ponto de partida. E eu te vi.

Te olhei de um jeito que te vi (e enxerguei). Te ouvi de um jeito que te escutei (e entendi). O tempo foi uma questão.

Resta saber, então, o que faremos daqui para frente, mesmo que o tempo ainda seja a (nossa) questão. Nunca os dois no mesmo passo. Sempre os dois na contramão.

E, se aqui me permite um conselho, aqui vai: o melhor investimento é nos afetos.

No carinho que ficou, na incerteza do (ainda) desconhecido, na curiosidade da espera e na ansiedade dos (re)encontros.

Mais uma vez, o tempo.

Acidente com vítima leve

" Eu vou andando pelo mundo como posso E me refaço em cada passo dado Eu faço o que devo, e acho Não me encaixo em nada Não me encaixo,...