3 de fevereiro de 2020

Oi, está me ouvindo?

“[...] And I'm telling you. These feelings won't go away. They've been knockin' me sideways, they've been knockin' me out lately. Whenever you come around me... These feelings won't go away!”
[A música queridinha dos últimos dias. Aqui.]



Você fala sobre o que está sentindo?
Tem dia que é como se fosse quando a gente prende o dedo na porta. Dói. Pulsa. Lateja. Fica roxo. E gritar parece que ajuda a aliviar.

Tem dia que parece um turbilhão, girando, girando, girando, com velocidade, com barulho.


Tem dia que é como ficar deitado na cama e cobrir até o rosto com o edredon. Silêncio.

Assim é falar o que sente. Ajuda a aliviar.
Talvez eu tenha demorado muito para aprender, entender, perceber. Talvez, eu nem tenha aprendido.

Mas, hoje, se eu pudesse dar um conselho, seria: fale o que você sente. Fale. Sem medo de interpretações erradas ou vergonha. Fale. É libertador.


Tudo bem ser silêncio, às vezes, também.


E, nem sempre precisa falar. Pode escrever. Tem coisa que só sai de mim por escrito. E, ok!


Eu escrevo. O tempo todo. Fico rabiscando, escrevendo palavras soltas... Às vezes, sem sentido. Às vezes é sentido. Eu escuto muito. Ouço as pessoas falarem e já imagino aquilo como uma história. Já penso em um livro. Eu escuto e me interesso até bem mais do que pela realidade que eu ouço ali.


Eu falo pouco – falei menos, hoje falo mais. Eu escrevo muito. Eu escuto demais. Isso ainda me incomoda e eu falo sobre isso. Mas, eu entendo: as pessoas não são o que querem ser. São como conseguem.

Acidente com vítima leve

" Eu vou andando pelo mundo como posso E me refaço em cada passo dado Eu faço o que devo, e acho Não me encaixo em nada Não me encaixo,...