[Elis... Fala por si só!]
Aquilo que faz parte da nossa essência, quando desmorona, não se levanta a menos que seja com remendos.

Uma essência recheada de crenças. Verdades minhas, que ninguém tira!
Eu, desde pequena, era convicta sobre certas coisas.
Um exemplo... Quando chovia, realmente, acredita que Deus estava lavando o chão da casa dele; e quando trovejava, ele estava arrastando os móveis - coisas que minha mãe dizia, e eu acreditava!
Isso que eu disse serve só de base para dizer que, ao longo da minha vida, minhas crenças foram depositadas naquilo que pessoas, nas quais eu confiava cegamente, me diziam. Disso tudo vem minha teoria: Se essas pessoas são de tamanha confiança, o que me diziam, seria extremamente confiável, verdadeiro, indigno de julgamentos.
Mas a vida nos mostra que aqueles que nos amam, mesmo cheios de boas intenções e cuidados, podem se enganar também.
Mas como pessoas, humamos, somos todos passíveis de erro. Que somos imperfeitos... Isso é parte da natureza. Quem nunca errou tentando acertar? Quem nunca se equivocou ao fazer escolhas?
Segundo o Dicionário Aurélio, Crença é Ação de crer na verdade ou na possibilidade de uma coisa. Convicção íntima. Opinião que se adota com fé e convicção.
Qualquer ser humano gosta de estar certo, sempre. Quer sempre ter razão... E aí entra o embate de crenças e opiniões. As divergências. Mas sempre acreditamos que acertamos na escolha delas. É por essas e outras razões que me pergunto, se em algum momento, falhamos, escolhemos errado e se não nos enganos em crer em tudo aquilo que cremos antes?!
Mas, ao longo da vida, aprendi que minhas crenças não têm o poder de modificar a realidade. Pra mim, que pareciam ser verdadeiras, que me traziam segurança; para outros, era um simples palpite, eram apenas crenças.
Mas e aí como é que ficam minhas crenças?! Comigo mesmo. Estando certa de que posso abrir mão delas quando se mostrarem falsas e incorretas; ou permanecer com elas, convicta, mas não ser alienada.

Eu acreditei em muita coisa: Acreditei que todos eram bons, sempre. Que nunca alguém poderia me decepcionar. Que eu ia ser a filha menor sempre. Que eu seria uma desenhista, uma escritora, uma professora e, por fim, uma jornalista (acredito nisso cegamente, hoje!). Acreditei em todas as minhas teorias. Acreditei que certas coisas durassem pra sempre...
Mas esse é um mundo cheio de encantos e desencantos. Dores... E a lição mais importante que se tira disso tudo e que hoje, eu acredito com todas as minhas forças,
é que nosso maior inimigo somos nós mesmos. Nós que podemos acreditar em algo, realizar algo e, ao mesmo tempos, podemos destruir, machucar. Isso acontece a partir de nossas crenças, e como vamos usá-las!
3 comentários:
Como futuras jornalistas, devemos sempre duvidar do que pensamos, do que achamos. Devemos sempre pesquisar, apurar a informação.
É, Mari, lá se foi a época em que o Papai do Céu lavava o quintal da casa dele... Chegou a hora de enfrentar tudo de frente, até as críticas.
Ótimo post, Mari!
Aliás, todos nos fazem sempre parar e reflitir sobre nós mesmos e nossas convicções!
Beijos
mari, lembra que te falei que seu blog era bem mais complexo que o meu? gosto do seu blog pq vc escreve sobre coisas serias, ideias e questinomantos perfeitos. parabens de verdade serio. sempre eh bom ler seu blog eu fico pensando um tempao depois.
Mari, lembra daquelas teorias sociológicas, das fases da humanidade, em que a primeira é a de temer as forças naturais, e tentar entendê-las aproximando-as de nós, por exemplo, deuses da chuva, deus Sol, é uma maneira de adaptação dos homens ainda semi-cosncientes de sua própria condição. Depois vem a fase empírica. Chove porque chove, tem que chover, sabemos que a chuva é importante. Aí chegamos na fase científica, descobrimos porque chove, o porquê da chuva na natureza, o que traz a água da chuva, de onde vem a água da chuva, quando vai chover, a fase científica. A fase adulta da humanidade.
Acho que isso se aplica às pessoas individualmente, então, bem vinda à vida adulta.
Mas também acho que não é questão de perda da confiança nos que nos cercam, é aprendermos a ver as diferenças, a pensarmos diferente, então os conflitos, não brigas, vêm naturalmente.
Mas o mais difícil da vida adulta deve ser mesmo reconhecermos quando estamos errados, e termos a coragem de assumir isso, ou, pior, quando nossas convicções nos traem, acho que a lição é superar isso.
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