6 de agosto de 2010

People losing their minds!

"I never make agreements, just like a gypsy. And I won't back down 'Cause life's already bit me!"
[Two is better than one... Always!]


Ultimamente, não ando pensando em medos, em fantasmas, não ando pensando muito nem em amor, se é que é pra ser sincera. Dentro de mim tem brisa ao invés de ventania. Tem água ao invés de álcool. Dentro de mim está calmo, silêncio, sem ruídos, mas eu posso ouvir, às vezes, uma canção do Chico ao fundo. Nada disso é lobotômico ou promessa de que sempre será assim aqui dentro. Dentro de mim, por enquanto, está tranquilo, eu estou bem. Me deixa aproveitar um pouquinho de mim.

Eu prometi que ia me calar e fingir ter esquecido tudo o que aconteceu. Prometi me fazer de louca, me fazer do que quer que me fizesse menos desesperada por uma resposta que, com certeza, não viria nunca!
Prometi não procurar você, prometi não procurar, de novo, dentro de mim, aqueles sentimentos que me faziam sentir raiva, angústia, que me tiravam o sono e a minha grande e santa paciência. Prometi ser um pouco madura, ser leal, ser mulher ao invés de menina e me colocar no meu lugar - o lugar de alguém que aceitou a condição em nome de um bem maior, o lugar de alguém que prometeu manter a própria palavra, uma atitude, mesmo que isso não tenha sido recíproco.

Mesmo que eu me esforce pra enxergar as possíveis razões, eu não consigo entender certas coisas, atitudes e pessoas. Não consigo entender dissimulação, falta de caráter, não consigo entender quem acha que falar da boca pra fora alivia mágoas e egos feridos, não consigo entender quem tenta se engrandecer para machucar os outros.
É uma história engraçada mesmo, porque tudo o que eu tenho de amor em mim, eu tenho na mesma proporção de ódio, bem guardado. Eu não sou nem um pouco sutil, eu não sou e nem tento ser simpática, eu não sou e nem tento ser delicada, não sou e nunca fui aceita por todas as pessoas do mundo justamente pelo fato de eu não me importar em agradar quem me desagrada. Mas eu entendo que para os outros, seria bem melhor se eu fosse um pouco mais de todas essas coisas que eu não sou, pra poderem representar o próprio papel – porque é só farsa – a representação de um papel em que todos riem das piadas sem graça e sem cabimento. Mas acontece que, além de tudo, eu sou esperta, sou rápida e, como já contei, sou muito ruim.

Pode ler tudo o que eu escrevo sobre amor, sobre pessoas, sobre comportamento, sobre tudo, e achar que me entende só porque apresento aqui um lado meu totalmente subjetivo. Acho que deve olhar pra mim, com minhas roupas e meus cabelos e achar que conhece toda a futilidade que me cabe. Só que está errado, pequeno Einstein. Errou porque você julga só por aquilo que vê e, assim, acaba subjulgando o meu poder de defesa. Mas esquece que amor atacado vira bicho, vira fera. Se eu vesti a roupa da tranquilidade, da luta e do desejo... O que te faz pensar que eu não vou vestir a roupa de guerra e, levianamente, deixar você levar de mim aquilo que pertence somente a mim?

Eu brinco de mocinha, às vezes... Mas eu sei ser bandido. Eu aparento ser brisa leve, mas sei ser a tempestade. Mas tenho ameaças singulares... Parei!

2 comentários:

Michelle Borges disse...

"Mas esquece que amor atacado vira bicho, vira fera."

Eu costumava falar que amor e ódio são os dois lados de uma mesma moeda. Pera, mas eu ainda acho que são...haha

Mari, adoro os seus textos. E esse, tá particularmente demais! É bom ter aqueles momentos "pronto, falei!"

Parabéns!!

Beijos

Erica Augusto disse...

Hum, mocinha!! já estava com saudades dos seus posts.... ótimo texto, guria!
beijão, Erica Augusto

http://duplotriplomultiplo.blogspot.com

Acidente com vítima leve

" Eu vou andando pelo mundo como posso E me refaço em cada passo dado Eu faço o que devo, e acho Não me encaixo em nada Não me encaixo,...