3 de setembro de 2011

Muito pouco ou quase nada

"You'll never know if you never try, to forgive your past and simply be mine."
[Desde quando eu superei...]


Tenho algumas coisas pra te dizer... Aquelas coisas que não se dizem sempre, aquelas coisas difíceis de serem ditas e, exatamente por isso, não são ditas, porque não dá pra saber como serão ditas nem como serão recebidas... O problema é como serão recebidas. Se serão (cor)respondidas...

E tudo o que sei que posso ser, é essa que aparece com menos frequência. E quando aparece, fico nessa (in)certeza, que chega até a doer, de que não existe outra mais verdadeira. E que todo o resto, é só para protegê-la, intacta em algum lugar onde as paredes sejam blindadas. Mas quando alguma fresta aparece, e lá dentro está sufocante, ela escapa. E é bonito. Porque todo mundo sabe que não se brinca com avisos da vida...

Mas eu sei que vai passar, todo mundo sempre sabe que vai passar. Talvez não amanhã, ou em uma semana, um mês ou dois. Ninguém sabe... É o tempo de perdoar o passado e dar boas-vindas ao presente, quiçá o futuro!

Pois esse impulso, às vezes cruel - porque não permite que nenhuma dor permaneça por muito tempo - te empurrará para um novo começo e, de repente, no meio de uma frase, se supreenderá, vendo como está bem outra vez. Ou simplesmente como tudo "continua". O jeito de continuar meu, nosso: o mais eficiente e também bem mais cômodo, porque não exige tomada de decisões, aceita apenas paciência.

Eu vou ter paciência... Eu prometi.

E por isso não importa, porque eu queria te dizer de todas as vezes em que eu te deixei e depois saí sozinha, pensando no que eu queria te dizer, pensando, também, nas coisas que eu não ia te dizer, porque eu me perguntava se você seria capaz de ouvir, se você teria tempo suficiente para ouvir,era preciso estar disponível para ouvir.

E falta (muito) pouco tempo. E se eu não te falar agora, talvez não diga nunca mais. Tanto eu quanto você sentiremos falta de todas essas coisas que não fomos capazes de dizer, e se não forem ditas, nem eu nem você nos sentiremos satisfeitos...

E aí comecei a me perguntar até onde você era aquilo que eu via em você mesmo, ou era aquilo que eu queria ver. Eu precisava saber até onde você não era uma simples projeção dos meus sentimentos confusos... E se fosse, por quanto tempo eu iria conseguir ver em você tudo que me fascinava, e que, talvez, nem fosse tudo seu, mas meu...

Isso tudo não é ficção, não é mentira, não é invenção... É só um jeito de contar a verdade com algum encantamento, para poder dar um fim!
Mas a ideia era tão boa...

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