Eu nunca fui de metáforas e analogias. É, é. Não é, não é. Simples. Direto. Não sou de iniciativas. De dar o primeiro beijo. De falar o que penso sem nem filtrar. Eu filtro. E muito. Então, a recíproca tem que ser na mesma proporção. Não me mostra o que você viu. Me mostra o que você sentiu. É tão mais legal. Tão mais cheio de paixão.
Eu acredito na simplicidade do entusiasmo de um olhar que preenche mais que declaração escancarada de amor. Acredito em olhos que sorriem. Nos sorrisos que se declaram. Nos olhos que sabem conversar. No coração batendo acelerado. E não dá para interromper essa dinâmica.
Mas, eu me transformei naquela pessoa adulta que quando me via, dizia – como ela cresceu, como o tempo passa. Eu estou achando tudo grande. Tudo breve. Sinto pelo tempo passar tão rápido. Sinto por eu andar tão rápido por aqui. Quase não ver. E quase não dar tempo de falar o que senti.
Preciso juntar mais gente. Rodeada de barulhos bons. Abrir mais vinhos (abrir o que eu nunca abri). Eu vou atrás de mais. Dias mais longos. Andar por aí sem lembrar que o tempo vai passar – e que um dia vou me olhar e dizer – mas como você cresceu, como o tempo passou.
Vou atrás de mais. E, assim, ficar inteiramente ocupada sendo surpreendida pelo momento. Mas é cada memória curta e ansiedade longa que a gente tem. E não dá para interromper a dinâmica.
30 de junho de 2016
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