25 de outubro de 2009

Rá-tim-bum!

"Às vezes eu falo com a vida, às vezes é ela quem diz. Qual a paz que eu não quero conservar para tentar ser feliz?!"
[À minha paz ou ao meu inferno astral...]


O meu inferno astral acaba hoje, porque hoje começa a minha nova primavera!
Pensando bem, acho que realmente mereço ter chegado até aqui. Onde eu sou eu sem medo, onde meu pensamento vai e sempre volta.... Pensando bem, a vida sempre vai ser cheia de perguntas, e eu sempre vou ser um déficit de respostas!

E eu olho pros lados procurando os diversos motivos para uma felicidade de festa, de hoje, passageira, mas percebo que as minhas maiores razões de sorrisos estão bem aqui, comigo: do meu lado e dentro de mim!

É agora que as coisas terminam ou é agora que tudo começa?
O que quer que seja, que venha com tudo!
Hoje começa mais uma questão da minha vida, cheia de problemas aritméticos e sonetos inacabados. Vinte, oi!

“É uma pena sempre olhar para trás, você deveria estar olhando direto para frente.”, já cantava aquele cara de voz macia. (ELE TEM TANTA RAZÃO...)

Parabéns pra mim, enfim!

15 de outubro de 2009

Advices!

"Was it you who spoke the words that things would happen but not to me? Oh things are gonna happen naturally... Oh taking your advice I'm looking on the bright side! (...)"
[Estou vendo tudo isso pelo lado bom - se é que existe um -, mas virou piada...]

Foi quando o choro já não fez escorrer mais nenhuma lágrima, quando a raiva explodiu numa voz rouca, inconformada... Parou, atenta a tudo que acontecia e ouvia, resolveu aceitar os velhos conselhos.

Na ignorância daquelas palavras, ouviu silenciosamente e calmamente cada suspiro, cada palavra em tom grave, o coração batia, quase saltava pela boca, tão forte, mas tão forte, que ele realmente quase saltou...

Assim como os passos se aceleraram, um na frente do outro, numa tamanha velocidade, como a fuga de alguém desesperado, carregou suas ideias e sentimentos sem rumo, abraçando a dor que havia sobrado.

Os dias que se passam vagarosamente, difíceis, mas são dias após dias, a mulher que será forte, será luta não mais sorte, a tristeza que se transformou em dor, que se transformou em mágoa e, que se transformou em saudade, ficou lá trás... Sobrou só a plenitude do que se sente.

A sua mão não foi capaz de envolver a mão dele, no ímpeto de receber um olhar de pena ou de desdém... Os braços não tiveram força para ser estendidos. Calou-se, como se assim, tivesse caído em si.
Assim permaneceu... A ansiedade, a raiva, dava lugar a uma mente serena e sã, para repassar tudo aquilo que ouviu, tudo aquilo que sentiu, e mais, ressentir tudo aquilo que comprometeu uma história.

Foi como a dor de não se sentir nada... Tão contraditório! Fugir sem saber porquê, ou saber.
É o orgulho próprio que fez se sentir indiferente. Colocar o próprio ego na frente das palavras, as fez sumir. E, gradativamente, lentamente, finalmente, as coisas passaram a fazer sentido... NENHUM!

2 de outubro de 2009

É o velho amor ainda, e sempre!

"Todo carnaval tem seu fim... Deixa eu brincar de ser feliz!"
[Voltando ao normal...]


Reencontros...
De todos os tipos... Eu comigo mesma. Eu, com meus velhos desejos e sonhos. Eu, com velhos amigos!

Depois de um certo tempo, aprendi a admirar nas pessoas, não apenas os valores e princípios que eu julgo correto, mas também aquelas fraquezas que as tornam muito mais humanas. Só depois desse tempo, aprendi que precisamos respeitar os outros, mas que para isso é necessário que respeitemos a nós mesmos, primeiro.

Acredito, verdadeiramente, que viver bem é poder agir certo, para que daqui algum tempo possa olhar para trás e querer viver tudo de novo, sem mudar nada. É impossível acertar sempre... Mas, mesmo errando, saber se levantar depois do tombo, e ter postura para seguir em frente.
Dizer a verdade, hoje, passa a ser uma virtude. Não é mais um princípio. Mentir dá muito trabalho... É um eterno jogo de contradições.

Descobri que não tenho tantos amigos assim, quanto eu achei que tivesse. E nem tantas qualidades que achava que tinha... E outras que nem imaginava que tinha, apareceram.
Ao entender isso, reencontrei-me comigo mesma, de novo. Num ponto que havia parado há muito tempo, no momento em que decidi viver a vida de outra pessoa e não a minha...

Parei de ser tão pretensiosa, querendo que os outros mudem por mim, ou que eu iria mudar alguém. A gente não muda ninguém...
Algumas pessoas nos fazem feliz, naturalmente. Não é preciso fingimento, força, cobrança... Depende só da gente!
Reencontrei amigos... E entendi que é melhor dispor a encarar meus sentimentos (de novo) do que fugir deles. E aí, penso numa famosa frase: “Amor nunca foi mérito dos covardes!”

Reencontrei velhos desejos... Entendi que a liberdade que almejava não era algo que eu poderia fazer acontecer, mas algo que eu poderia fazer-me sentir, é uma simples opção.
Vai além do que eu entendo...

A GENIALIDADE, A REALIDADE E A FANTASIA

"E quando o dia não passar de um retrato colorindo de saudade o meu quarto... Só aí vou ter certeza de fato, que eu fui feliz!"
[Fazendo aquilo que amo...]


Com ele nasceu um novo estilo de fotografar. Acreditou que não mudou nada daquilo que presenciou, mas tudo aquilo que presenciou o mudou, o fez ser melhor.
Cartier-Bresson tinha paixão pelo simples e passageiro, desejava descobrir a beleza que nascia do caos e a simplicidade dos gestos do cotidiano, registrando momentos que estavam à margem da cena que, para ele, eles sim é que deveriam se sobressair. Com uma Leica na mão, estava sempre ali, no momento certo e no lugar certo; era através da câmera que queria captar o silêncio de cada pessoa, no momento em que elas estavam consigo mesmas, e não apenas numa expressão forçada. Ele já tinha ideias do que queria a partir de um retrato. Dizia que através do visor da câmera, podia ver uma pessoa completamente nua, não fisicamente, mas livre de qualquer rótulo, qualquer preconceito. Seria por meio desse primeiro encontro que teríamos a primeira impressão e seria essa que permaneceria para sempre, mesmo que depois disso conhecêssemos a pessoa por inteiro.

Fazia fotos com uma composição sofisticada, humor sutil e irreverente, com influência surrealista e, por meio de várias ações em planos diferentes, a captação da imagem, formando uma unidade. Sempre preocupado com a geometria, o jogo de planos, de linhas e a perspectiva.

A fotografia só não bastava, mas sim a sua reportagem, a comunicação entre o mundo e o homem através da câmera; através dela, a vida era uma dança. Ele se fez imperceptível ao se aproximar dos cenários que desejava enquadrar, trazendo a naturalidade e a graça do cotidiano, que renascia do caos, abrindo espaço para sua arte. Fez da estética do corpo humano um novo conceito de liberdade no Fotojornalismo. A liberdade era tida como uma regra em seu trabalho: fez poesia, fez arte, artista de vanguarda que não conhecia limites e, mostrando o óbvio em suas fotografias fez de seu trabalho, a genialidade. Foi por meio dessa naturalidade e tendo foco na via humanista, que o fotógrafo conseguiu relatar e mostrar a fantasia da vida real.


Parecia que ele antecipava os fatos, que previa as cenas, mas era tudo fruto de uma percepção extremamente apurada, do treino de olhar para o imprevisível. Sua arte deve ser contemplada, apreciada e em nada combina com a Modernidade e seu tempo extremamente acelerado. Consiste aí a dificuldade de explicá-lo, pois quanto mais tenta se achar argumentos para descrevê-lo, mais genial ele fica. E, da mesma forma, não há nada de mais sublime, de uma simplicidade ímpar, que suas fotos.


Encantada pelo trabalho de Cartier-Bresson. Não só porque amo fotografia, mas pela técnica e genialidade dele!

“Tirar fotos é prender a respiração quando todas as faculdades convergem para a realidade fugaz.
É organizar rigorosamente as formas percebidas para expressar seu significado.
É pôr numa mesma linha da mira a cabeça, o olho e o coração”.

(Henri Cartier-Bresson / 1908 – 2004).

Acidente com vítima leve

" Eu vou andando pelo mundo como posso E me refaço em cada passo dado Eu faço o que devo, e acho Não me encaixo em nada Não me encaixo,...