Às vezes eu pressinto e é como uma saudade de um tempo que ainda não passou. Me traz o seu sossego, atrasa o meu relógio, acalma a minha pressa, me dá sua palavra, sussurra em meu ouvido só o que me interessa."
[Lenine pra acalmar um pouquinho!]
Silêncio!
Não... O seu silêncio. Ele é a maior prova da sua indiferença. Mas eu finjo ser indiferente. E sabe por quê? Pra parecer um pouco menos frágil do que realmente sou. Pra parecer que isso não dói tanto, porque já fazia tempo mesmo que você não prestava mais atenção nos meus movimentos, tanto aqueles pra ficar mais perto de você, quanto quando me afastava, pra não tentar te matar!
Mas sua indiferença machuca... Corrói. Porque é real.
E eu vou tentando explicar as suas ausências, essa falta que cresce a cada dia dentro do meu peito, me dando motivos e explicando todos eles. Implorando por uma justificativa. Qualquer uma... Esperando pela sua verdade, pra poder te contar a minha. Ensaiando algumas repostas acompanhadas do “sim”, morrendo de medo do “não”.
Respostas essas que eu sei que não vou ouvir.
Estou com aqueles olhares que te imagino.
Ensaiando as perguntas... Algo como um “por quê?”. Contando suas fraquezas para aliviar um pouco as minhas culpas. Perdoando você.
Insônia. A cama ficou arrumada. Uma conversa que você prometeu... A promessa que você fez faz um tempo, e não cumpriu.
Urgente! Foi adiando... O depois é sempre tarde demais. Então fica valendo o que já se foi dito. Só me confesso comigo mesma. Porque dá medo...
E eu tinha te pedido tanto pra não olhar tão fundo nos meus olhos. Pra não jurar qualquer coisa que não iria cumprir. Pra não me falar e prometer o mundo e depois desaparecer. Pra não falar que eu te faço rir, rir de mim, e reparar como tenho um jeito engraçado de falar com as mãos. Para não criar expectativas, as quais, em momento algum, seriam correspondidas. Não olhar pra mim e sorrir quando ouvisse nossa música. Não permanecer em silêncio tempo demais para que eu me sentisse culpada. Não falar do meu perfume... E não passar as mãos no meu cabelo. Não responder tão rápido aquilo que eu pergunto e, não, necessariamente, responder tudo aquilo que eu te perguntar. Não me deixar sem alternativas, sem saída, ou sem palavras... Não me dizer que eu sou diferente. Eu te pedi tanto pra não me fazer acreditar em você...
Mas a minha distração está me cobrando muito caro, e me cobrando juros altíssimos de insônia!
11 de janeiro de 2012
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